quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Sobre a foto: Pôr-do-sol no Jacaré, lá na Paraíba. Lindo, né?

Hoje tava lendo umas frases da Clarice Lispector e gostei muito, de verdade. Só tenho um livro dela, o 'Minhas Queridas' que eu comprei logo quando minha irmã fez intercâmbio e tem um pouco a ver. Queria comprar a biografia dela, mas enquanto isso vou citar algumas frases que eu mais gostei:
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar.
Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos.
Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.
Passei a vida tentando corrigir erros que cometi na ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, cometia outro. Sou uma culpada inocente.
Respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite sobretudo o que é ruim em você. Não queira fazer de você uma pessoa perfeita.
Essas são só algumas, claro.

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